Dos poetas da Bahia,
ele, Gregório de Matos,
nos deixa estupefatos
com a fina ironia
que contém sua poesia:
ricos, pobres, brancos, pretos,
eram todos objetos
daquelas suas piadas
que andavam disfarçadas
de versinhos de sonetos.
Foi no séc’lo XVII,
(Salvador era bebê)
imagine o que era ser
um perfeito diabrete
com uma pena-alfinete:
crítica pra todo lado,
foi até apelidado
de O Boca do Inferno;
Gregório é tão moderno!
Não tem nada de antiquado.
Ai, se fosse hoje em dia!
Com a TV, com a revista,
a cada página vista
uma resposta em zombaria.
E tamanha ousadia
é de deixar preocupado,
veja bem se estou errado:
um poeta com esse vício
até mesmo no hospício
podia ser internado!
.
Breno Fernandes escreve às terças
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