para Maíra
quando você vier
– súbita tinta-cor da vida –
serei dois barcos no cais
com dois amores locais
e duas almas despidas
quando
seu pé sem pele
tocar a grama
do meu coração
serei madrugada
em plena virada
mercúrio, granada
vermelho e explosão
hei de ter contigo
na ladeira estreita
na lareira feita
do meu corpo em sim
não deixe de vir
pois o tempo come
e aumenta a fome
de você em mim
Carmezim escreve às quartas-feiras
2 comentários
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janeiro 16, 2013 9:40 am às 9:40
Marta Pinheiro
Carmezim.Muito bom…
janeiro 16, 2013 2:07 pm às 14:07
Carmezim
Valeu, Marta! Volte sempre!