dado o tardar da hora
não é preciso que fales
a esta altura
tua mão é porto
teu peito é cama
o teu ir é chama
e o destino é morto
dado o tardar da hora
eu só te sei e mais nada
você:
beleza suspensa sobre meu nariz
dado o tardar da hora
– posto que hora é tempo ido –
sou o avesso do que serei quando voltares
aí então
o tempo será outro
esculpido em cores
cheirando a alecrim
Carmezim escreve às quartas
4 comentários
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junho 22, 2011 8:48 pm às 20:48
Tatiana Mendonça
achei lindo
junho 27, 2011 6:44 pm às 18:44
Carmezim
Valeu, Tatiana! Gosto muito dos seus textos.
junho 27, 2011 9:24 pm às 21:24
aridonato donato
Meu velho amigo Vitor Carmezim,
gostei dos versos, apenas cortaria (desculpe-me a ousadia, mas ela, a ousadia, é para esses momentos) “esculpido em cores/cheirando a alecrim”.
Grande abraço de saudades.
junho 27, 2011 9:27 pm às 21:27
Carmezim
Por essas e outras que você é tão querido, meu amigo. Sugestão bem-vinda. Grande abraço! Volte sempre! Passei lá no modaseversos.wordpress.com hoje!