Apois vou chegando ao final de meus 27 anos, e com eles vai-se o que restava de minha esperança de que fosse eu mais um daqueles eleitos – uma daquelas almas iluminadas designadas a vir à Terra, estourar de fazer sucesso, e morrer aos 27.
Cheio de pesar reconheço que não me unirei a Amy Winehouse, nem a Janis Joplin. Tampouco a Kurt Kobain, Jim Morrison, Jimi Hendrix. Nem sequer servirei para engordar a lista, como o menos famoso Brian Jones, aquele ex-Stones.
Também, pudera: com esse violãozinho meieiro que eu toco, mais essa voz de taquara rachada, seria demais mesmo ascender a esse grupo. Se tive esperança, é porque não passo de um grandissíssimo de um pretensioso. De uma figa. Reconheço.
Hoje, quando escrevo, já é sexta de noite, 16; e amanhã, 17 – quando transporei a barreira fatal e chegarei aos 28 – já vem chegando.
Acho que já não morro mais.
Já não morro mais.
Já não mo
2 comentários
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março 18, 2012 2:54 pm às 14:54
Eduardo Sarno
Sabemos que por modéstia vc se compara a ídolos da música. Na verdade é seu computador portátil e não sua viola volátil que deve ser a pedra de toque da comparação. Ai vc estará ao lado de grandes repórteres investigativos, de intelectuais lúcidos e fazendo parte de uma geração que não se deixa absorver pelas conveniências superficiais.
Morrer ou não morrer é uma decisão ( e capacidade) pessoal. Tem gente que já nasce morta, outras que vão morrendo pela vida.
Nós acreditamos, como te disse, que vc não envelhece,mas amadurece.
Grande abraço
Eduardo Sarno.
março 19, 2012 12:09 am às 0:09
rosanamilliman
Seus textos são extraordinários, Ricardo. E tão novinho!…
Agradeço pela beleza que você percebe, traduz e passa adiante.
Sua fã,
Rosana
PARABÉNS PELO ANIVERSÁRIO!!!!