Pára
de choramingar na beira da ladeira,
fera.
Remineralizar
pra ressintetizar
pedra
requebrada toda pela britadeira.
<>
Queira
desantropizar a tripa da toupeira,
fera.
Despersonalizar
pra não desmaquiar
cara
mascarada toda pela choradeira.
<>
Pára
de escarafunchar o furo da madeira:
zera pra reconstruir.
Fera,
pára, recupera,
mata toda espera,
aterra em ti.
<>
Pára
de desfibrilar a fibra da matéria,
fera.
Desmemorializar
pra recomemorar
mora
na morada nova a espreguiçadeira.
<>
Pára
de escarafunchar o furo da madeira:
zera pra reconstruir.
Fera,
pára, recupera,
mata toda espera,
aterra em ti.
Aterra em ti.
Aterra em ti.
Aterra.
<>
(Letra de faz uns dois anos para uma canção de Heitor Dantas – registre-se.)
Ricardo Sangiovanni escreve aos domingos
4 comentários
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junho 17, 2012 10:32 pm às 22:32
rosanamilliman
Que beleza!
junho 18, 2012 11:35 am às 11:35
Livia Nery
Aterra em mim!!!
junho 18, 2012 11:53 am às 11:53
Ricardo Sangiovanni
* Que bom que gostou, Rosa ;)
* Pois é, Livinha, mudei esse verso. É responsabilidade demais, rsrs. bjs!
junho 18, 2012 1:41 pm às 13:41
Tik
Hehehehehehe! Aterra em mim (lá ele!)