quando vieres
vestida
com os brincos que te dei
(e somente com eles)
será tua pele
a moldura do mundo
e essa terra comerá do brilho
que brota do teu colo
virás vestida
eu sei
com os brincos que te dei
os cabelos presos
desnudarão os ombros pedintes
onde deslizarei
o desejo da minha boca
e quando chegares
a dois palmos de mim
transbordarei em fervura
o cheiro da curva do teu pescoço
inebriará
e eu não mais verei
os brincos que te dei
Carmezim escreve às quartas-feiras
1 comentário
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junho 16, 2012 6:30 pm às 18:30
Tudo que eu (não) sei sobre o amor « O Purgatório
[…] que não sou o mais indicado para tal tarefa. Não possuo o romantismo fescenino de Carmezim, a sensibilidade poética de Tatiana Mendonça nem a delicadeza perspicaz de Camilla […]