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Se durante os aplausos, falho

e caio dos fios e corda acima

É que sei por onde tudo começa

Só não sei por onde termina

Esqueço o quê, enrolo nós

Cai a carta pregada à quina

Olha, sei por onde tudo começa

Só não sei por onde termina

Investigo se é mal da idade

ou por mancha da feita sina

Isto de saber por onde começa

Mas não entender onde termina

Consigo apenas principar o verbo

perfazer o gesto, por a mesa

pedir carona, beijo, ingresso

puxar fio da entrada que seja

produzir escombros e revesso

me esconder à noite  ou antes

Já não há mais o que logo via

praças, muros, montantes

teus olhos fora da bacia

Se cato, não sei em que despejo

Se aprendo, deixo quem ensina

Só sei por onde tudo começa

Céus, e nada por onde termina

Mesmo o poema, ou feito livre

ou de estrofe que exija rima

Já não sei se por aqui começa

se é verso novo ou se termina.

(Saulo Dourado)

Saulo Dourado escreve às segundas-feiras, quinzenalmente

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