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Foi andando para o baile vestida de pano de medo, como no poema, cheia de vontade de que nada acontecesse, por favor, mas querendo mais ainda encontrar um amor que a fizesse rara. Não era raridade de ser mais ainda diferente, era ser igual de também ter um namorado, mas que fosse melhor que os outros.
Mas nem era um baile, era só uma festa, e ela ficou de levar o brigadeiro, porque era o mais fácil com menos chances de erros, e por isso carregava a bandeja, que descombinava.
Lá dentro todo mundo era feliz como se já soubesse, então por imitação a menina ria. Até que todo mundo parou e ela continuou, por muitos segundos, a ponto de voltarem a rir, só que agora dela, e Jorginho filho do homem da padaria falou ixi, ói Gabriela como é abestalhada.
Saiu correndo para chorar no passeio, mas Diana depois de um tempo veio por pena dizer que não ligasse. E aí para retribuir ela falou ô Diana tu sabia que tem um lugar lá no oceano que a pessoa pode nadar no meio da água-viva, elas nem morde nem nada? E Diana já arrependida e eu preciso saber disso pra que se aqui não tem rio nem mar nem poça? ói Gabriela, tu é abestalhada.
E aí ela teve um ódio de querer botar era fogo pra ver. E se achou mais burra de pensar que amor algum podia estar ali. E resolveu ir embora pra casa, mas antes passou na sala, jogou o brigadeiro tudo no chão e saiu gritando a bandeja é de mainha vou levar.
Tatiana Mendonça escreve às sextas