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tente ter o tempo mastigado
entre os dentes
moído feito cana
feito chiclete de morango
ele não se deixará
escorregadio
então o acaricie
faça uma tapeação
pra que ele não veja o sol morrer
na tela do dia
ele não se iludirá
fugidio
aí, arisco, sabidinho,
você entoará uma canção
pra ninar o tempo
rá rá rá:
ao final da última nota
o sono faz
as suas pálpebras – e não as dele! –
pesarem na cara
o tempo não dorme
e mordisca sempre sempre sempre
o seu calcanhar
Carmezim escreve às quartas-feiras